Em um estudo publicado na revista Scientific Reports, pesquisadores da Mayo Clinic identificaram um perfil de microbioma associado ao câncer de endométrio, que é parcialmente promovido pela pós-menopausa. O objetivo do estudo era entender como os fatores de risco do câncer de endométrio alteram o microbioma do aparelho reprodutor e o risco de câncer de endométrio.
“Se for verdade que o microbioma realmente desempenha um papel no câncer de endométrio, além de ser um marcador para esse tipo de câncer, isso pode ter implicações importantes para a prevenção do câncer de endométrio”, afirmou Marina Walther-Antonio, Ph.D., principal autora do estudo da Mayo Clinic.
De acordo com a Dra. Walther-Antonio, o papel já estabelecido do microbioma vaginal como um fator-chave da saúde vaginal e obstétrica, bem como as diferenças no microbioma vaginal encontradas entre etnias diferentes, aumentam a importância de explorarmos o microbioma no câncer de endométrio.
A equipe de pesquisadores já havia encontrado diferenças no microbioma entre pacientes com e sem câncer de endométrio em um estudo do microbioma uterino, publicado em 2017, que levou ao desenvolvimento de uma metodologia de análise de esfregaços vaginais usada para o câncer de endométrio.”
“O novo estudo trouxe-nos o conhecimento e a aplicação necessários para desenvolver ainda mais essa ferramenta de análise para o câncer de endométrio”, disse a Dra. Walther-Antonio.
Atualmente, a Dra. Walther-Antonio e os pesquisadores estão investigando o papel do microbioma no câncer de endométrio e, potencialmente, como prevenir as ações de bactérias prejudiciais à hospedeira.
No geral, a equipe confirmou os principais fatores de risco do câncer de endométrio conhecidos (status de pós-menopausa e obesidade) e identificou um pH vaginal alto como um fator adicional associado a pacientes com câncer de endométrio.
“Nós determinamos que todos esses fatores afetam o microbioma do aparelho reprodutor, identificamos a pós-menopausa como outro fator-chave e estamos pensando no futuro, discutindo possíveis aplicações translacionais desse conhecimento, o que pode gerar novas abordagens para lidar com as disparidades de saúde atuais no câncer de endométrio”, explicou a Dra. Walther-Antonio.
O estudo foi apoiado pelo Programa de Microbioma do Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic e pela Fundação John W. Anderson. O projeto foi apoiado pela Bolsa CTSA Número KL2 TR002379 do National Center for Advancing Translational Science (NCATS, Centro Nacional para o Avanço da Ciência Translacional). O estudo também foi parcialmente aprovado por um subsídio para o aprimoramento profissional da bolsa P50 CA136393 do NIH (o Instituto Nacional de Saúde dos EUA).
Os autores declaram os seguintes interesses conflitantes: a Fundação Mayo para Educação e Pesquisa Médicas (inventores Andrea Mariani, Nicholas Chia e Marina Walther-Antonio) solicitou o registro de uma patente intitulada “Métodos e materiais para tratar o câncer de endométrio”, US 2017/0260571 A1 (publicada em 14 de setembro de 2017). A patente engloba o uso da bactéria Porphyrmonas somerae e da microbiota que a acompanha como biomarcadores para detecção do câncer de endométrio. Marina Walther-Antonio é membro do conselho de assessoria científica da LUCA Biologics, Inc., para pesquisas relacionadas a infecções no aparelho urinário, nascimento prematuro e medicina reprodutiva. Essas atividades não se sobrepõem à pesquisa apresentada aqui.
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