ROCHESTER, Minnesota — Ainda não se sabe muito sobre a COVID-19, mas muitos estudos já indicaram que pessoas com doenças cardiovasculares têm maior risco para a COVID-19. Houve também relatos de elevação do segmento ST, um sinal de doença arterial coronariana obstrutiva, em pacientes com COVID-19 que após angiografia coronária invasiva não mostraram sinal da doença. Esse falso sinal de doença arterial coronariana pode submeter os pacientes a procedimentos que apresentam riscos desnecessários, especificamente no ambiente da COVID-19, de acordo com um artigo especial publicado na Mayo Clinic Proceedings.
O artigo, escrito por uma equipe de cardiologistas e radiologistas da Mayo Clinic, propõe algoritmos para avaliar pacientes e determinar o curso do tratamento.
“O impacto da ativação falsa do laboratório de cateterismo inclui riscos inerentes, começando com o procedimento arterial invasivo e cuidados relacionados para esses pacientes,” diz J. Wells Askew, M.D., cardiologista da Mayo Clinic. Em casos em que os pacientes testam positivo para COVID-19, os riscos incluem insuficiência respiratória e exposição potencial da equipe médica, e efeitos derivados em laboratórios de cateterismo cardíaco e serviços de imagens cardíacas.
“Contudo, é criticamente importante para os pacientes que estão tendo um ataque cardíaco devido à oclusão coronariana receber tratamento imediato e apropriado,” diz o Dr. Askew. “Existe uma necessidade para um algoritmo que guie a triagem de pacientes com STE com suspeita ou comprovação de COVID-19 para determinar soluções iniciais invasivas ou não invasivas.”
O artigo aponta que lesão miocárdica aguda, arritmia e choque são comuns em pacientes com infecções respiratórias agudas como a COVID-19. Lesão miocárdica é definida por um nível elevado de troponina cardíaca; quando a lesão miocárdica é aguda e ocorre no cenário de isquemia miocárdica aguda, pode sinalizar um ataque cardíaco.
O artigo propõe algoritmos, baseados no consenso de especialistas, para responder a pacientes com elevação do segmento ST e lesão miocárdica aguda. Isso também fornece uma orientação na tomada de decisão em relação ao uso de um ecocardiograma ou uma angiotomografia coronariana para pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19.
“As experiências relatadas de países em que houve exposição significativa à COVID-19 destacaram os desafios que temos para tratar pacientes com COVID-19 e elevação do segmento ST no eletrocardiograma,” diz o Dr. Askew. “Instituições de cuidados da saúde precisam se preparar para isso rapidamente, para que possam fazer a triagem apropriada desses pacientes com soluções invasivas ou não invasivas. Isso é criticamente importante para minimizar os riscos para pacientes, bem como o risco de exposição à COVID-19 para o pessoal médico.”
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Contato de mídia: Sharon Theimer, Relações Institucionais da Mayo Clinic,507-284-5005, newsbureau@mayo.edu
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