Medicamento brentuximab vedotina pode melhorar a sobrevida geral de pacientes com linfoma de Hodgkin

ROCHESTER, Minnesota — Um estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Câncer da Mayo Clinic descobriu que adicionar o brentuximab vedotina ao tratamento quimioterápico padrão aumenta a taxa geral de sobrevida de pacientes com linfoma de Hodgkin, em comparação com o padrão de tratamento atual que usa somente a quimioterapia. Os resultados da pesquisa foram apresentados pelo Dr. Stephen Ansell, M.D., Ph.D., na edição 2022 do congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO) em Chicago e foram publicados hoje na revista médica New England Journal of Medicine.

Dr. Ansell diz que, ao contrário do que se pensava anteriormente, a pesquisa mostra que incluir o brentuximab vedotina na seleção da terapia inicial tem impacto positivo na sobrevida geral dos pacientes com linfoma de Hodgkin em estágio avançado, independentemente dos tratamentos administrados posteriormente.

“Nosso estudo randomizado mostrou que a adição de um conjugado de anticorpos com o medicamento brentuximab vedotina à quimioterapia padrão em pacientes com linfoma de Hodgkin clássico em estágio avançado melhorou a sobrevida geral dos pacientes com esse tipo de câncer, em comparação com pacientes que receberam apenas a quimioterapia padrão”, diz o Dr. Ansell.

“Anteriormente, já havia sido relatado que a combinação do brentuximab com a quimioterapia AVD melhora a sobrevida livre de progressão em pacientes com linfoma de Hodgkin clássico, então seu impacto na sobrevida geral não foi completamente surpreendente”, diz o Dr. Ansell. No entanto, ele diz que os pacientes que recaem são frequentemente tratados com sucesso com outras terapias, de modo que estudos comparativos anteriores de outras combinações de medicamentos não mostraram um benefício geral na sobrevida.  “O impacto na sobrevida geral da combinação do brentuximab vedotina com a quimioterapia AVD é um tanto surpreendente, mas confirma que o uso de novos agentes no tratamento de linha de frente de pacientes com linfoma de Hodgkin tem um impacto a longo prazo”, diz o Dr. Ansell.

Dr. Ansell e seus colegas também avaliaram a toxicidade de longo prazo do brentuximab vedotina. Eles descobriram que a neuropatia provocada pela inclusão do medicamento no tratamento foi resolvida com o tempo.  Além disso, o número de gestações subsequentes não foi impactado negativamente com a adição do novo agente. “Surpreendentemente, patologias malignas secundárias (incluindo outros linfomas) foram observadas com menos frequência no braço do estudo com a combinação do brentuximab vedotina com a AVD”, diz o Dr. Ansell.

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