Estudante de medicina da Faculdade de Medicina da Mayo Clinic Alix inicia currículo escolar para identificar possíveis vítimas de tráfico humano

PHOENIX, Arizona — O tráfico de pessoas é uma preocupação emergente em termos de saúde pública internacional. Estima-se que 400.000 pessoas nos Estados Unidos foram afetadas, sendo que 88% das vítimas foram atendidas por um profissional de saúde enquanto estavam sendo traficadas. 

À medida que preocupações com a saúde aumentam, escolas de medicina começam a incluir o tema em seus currículos. No entanto, de acordo com um estudo da Mayo Clinic no American Journal of Preventive Medicine, esse processo está apenas começando. A pesquisa foi conduzida por Jennifer Talbott, estudante de medicina do terceiro ano da Faculdade de Medicina da Mayo Clinic Alix, que sugeriu a inclusão da formação sobre tráfico humano no currículo da escola. 

Trabalhando com professores da faculdade de medicina, Talbott ajudou a desenvolver programas para capacitar colegas a identificar e fornecer recursos para potenciais vítimas de tráfico humano. A consultora da Talbott, Juliana Kling, M.D., uma internista de saúde das mulheres da Mayo Clinic, afirma que o treinamento para identificar e fornecer recursos às vítimas de tráfico humano é essencial para estudantes de medicina. 

“Se não estivermos preparados para identificar que se trata de vítimas, as mesmas continuarão sendo traficadas”, observa a Dra. Kling, co-diretora médica da Clínica Comunitária Estudantil da Mayo Clinic, no Arizona. A clínica ensina os aspectos sociais determinantes da saúde em um ambiente clínico a estudantes de medicina do segundo ano. 

Muitas organizações exigiram que as faculdades de medicina treinassem os estudantes para reconhecerem os sinais de tráfico e prestarem cuidados a tais pacientes. No entanto, segundo o estudo de Talbott, há poucos recursos de treinamentos padronizados disponíveis. Até o momento, apenas quatro faculdades de medicina publicaram currículos específicos de formação sobre tráfico de pessoas. 

O estudo aponta que um currículo educacional bem estruturado “poderia preencher as lacunas educacionais ainda existentes, permitindo uma melhoria na identificação e tratamento das pessoas que sofrem de tráfico sexual”. 

O estudo evidenciou a falta de informação e treinamento para estudantes de medicina, apresentando resultados escassos na busca de recursos educacionais publicados. Apenas 11 artigos foram identificados no estudo. 

“Isso evidencia a necessidade de melhorias, já que o tráfico sexual se tornou uma prioridade na agenda da saúde pública”, diz Talbott. “As escolas M.D. e D.O. (medicina) deveriam recorrer aos currículos atuais publicados ou considerar a possibilidade de compartilhar recursos para identificar um currículo educacional sobre tráfico sexual que possa ser integrado aos seus programas existentes”. 

A pesquisa também revelou que, entre os limitados recursos publicados disponíveis para estudantes de medicina, havia discrepâncias na abordagem de questões legais e de segurança para as vítimas. 

Talbott e o comitê da Mayo Clinic Arizona American Medical Women’s Association também promovem treinamento gratuito para estudantes e outros profissionais de saúde do Arizona, em coordenação com o programa Physicians Against the Trafficking of Humans da American Medical Women’s Association. O estágio contempla simulações de experiências com pacientes e palestras, agora integradas ao currículo da Escola de Medicina da Mayo Clinic Alix. Embora em seus estágios iniciais, o treinamento tem recebido feedback positivo de outros estudantes de medicina. 

“Os estudantes de medicina ingressam na profissão para ajudar os pacientes, e é nosso dever ensiná-los a identificar e orientar as vítimas de tráfico”, diz a Dra. Kling. “O currículo que estamos desenvolvendo irá, assim esperamos, preencher esta importante lacuna.” 

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Sobre a Escola de Medicina Alix da Mayo Clinic

A Faculdade de Medicina da Mayo Clinic Alix é uma faculdade nacional de medicina com um programa de graduação médica de quatro anos em Rochester, Minnesota, e um programa de quatro anos na Mayo Clinic, no Arizona. Está entre as 10 melhores faculdades de medicina do país, segundo o U.S. News & World Report. A escola também oferece o programa dois mais dois, permitindo aos alunos completar seus dois primeiros anos de estudos em medicina no Arizona ou Rochester, e seus dois anos finais de estágio na Mayo Clinic, na Flórida. 

Sobre a Mayo Clinic

A Mayo Clinic é uma organização sem fins lucrativos comprometida com a inovação na prática clínica, educação e pesquisa, fornecendo compaixão, conhecimento e respostas para todos que precisam de cura. Visite a Rede de Notícias da Mayo Clinic, para ver outras notícias da Mayo Clinic, e Uma Visão Interna da Mayo Clinic, para mais informações sobre a Mayo. 

Contato de Mídia:

  • Sharon Theimer, Relações públicas da Mayo Clinic, 507-284-5005, e-mail: [email protected]

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